METAMORFOSE

METAMORFOSE
No IFSC Chapecó

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A partida


Todos temos uma auto-imagem enquanto profissional, mas quando nosso projeto de trabalho vira de cabeça pra baixo e somos confrontados a força com uma experiência totalmente diferente do que planejamos?
O filme “A Partida” tem sido trabalhado em grupos de discussão entre os alunos do IFSC Chapecó e o Núcleo Pedagógico, o tema em pauta: relações de trabalho e satisfação pessoal.
Depois de ver sua carreira numa orquestra desabar, Daigo Kobayashi passa a trabalhar como "nokanshi", preparando o corpo das pessoas que morreram para o sua partida até o outro mundo. Trata-se de um emprego simbolicamente desvalorizado na cultura japonesa, de modo que a esposa de Daigo afirma sentir nojo dele pelo seu trabalho. E, assim, trabalhando com a morte esse homem encontro o sentida da vida, como? O que ocorre nas relações estabelecidas em tal trabalho que tem tudo para dar errado, e se torna muito bom?
A partida é uma obra japonesa vencedora do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009, vale a pena pela suavidade e sabedoria integrada, especialmente se a ele acompanhar trocas de experiências com colegas.

Alan Panizzi

terça-feira, 4 de maio de 2010

Arte, Fantasia e Transformação








Todo processo educacional, seja ele, Cursos Técnicos, Superiores, Fundamental, Médio... pressupõem fazer escolhas, como nos diz Rubem Alves , fazendo uma analogia entre os Educadores que plantam jequitibás e os Professores que plantam eucaliptos. E vai além:

... os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade” suigeneris, portador de um nome, também de uma “estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo para acontecer nesse espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal. ( 2008, p19),

As obras de arte do artista Jeff Gilette, também fazem essa analogia entre o mundo encantado, da Disney, com a realidade Brasileira.

O Processo Educacional pode se dar a partir de um conteúdo apenas teórico, sem estabelecer relação com a vida, a realidade dos alunos, sem visualizar inclusive o estes diante da máquina, da tecnologia, sendo quase mágico, como a Disney. Ou pode, a partir da vida dos alunos, suas realidades, contradições, construir conhecimentos significativos que passam a dar mais sentido à suas vidas, pois passam a entendê-la e sendo assim podem transformá-la.

É também Rubem Alves que nos diz:

que a polaridade entre educadores e professores não instaura uma dicotomia entre duas classes de pessoas, umas inexistentes e heróicas, outras existentes e vulgares, mas antes uma dialética que nos racha a todos pelo meio, porque todos somos educadores e professores, águias e carneiros, profetas e sacerdotes, reprimidos e repressores. ( 2008. p.25-26).

Leusa F.L.Possamai.

Qual o sentido da Avaliação Intermediária?


Semana passada nosso Campus realizou suas avaliações intermediárias. O Núcleo Pedagógico, junto com professores e coordenadores de curso, esteve presente em todas as turmas ouvindo como os alunos se sentem em seus cursos, e como os professores sentem seus alunos, objetivo? fortalecer uma cultura de participação democrática.
Antes desses encontros, porém, o Núcleo havia reunido os representantes de turma e enfatizado a importância da opinião dos alunos, visto que sua participação não era obrigatória. Afirmamos que era o momento de unir honestidade com bom senso, privilegiando a elaboração de sugestões.
Durante os encontros ficou claro como somos privilegiados por permitir uma nova condição de trabalho qualificados para número significativo de pessoas. O Campus fez bem, tivemos mais um exemplo da riqueza humana presente no IFSC Chapecó , seja entre alunos ou servidores.
Em outros momentos ficou claro que ainda existe espaço para amadurecer o processo de avaliação como forma de crescimento. Se alguns alunos superaram as expectativas com a seriedade das avaliações realizadas, outros mostraram que ainda não compreendem seu significado ou ainda não se sentem a vontade para avaliar.
Criar condições para a participação dos alunos nas escolhas feitas pelo Campus é uma responsabilidade e um sinal de maturidade, como nos brinda Paulo Freire:
“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”.

Alan Panizzi

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Aos trabalhadores que fazem nosso Campus, com carinho ....


Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.

Mahatma Gandhi

quarta-feira, 28 de abril de 2010

"Dorita" do IFSC


O Núcleo Pedagógico coloca em evidência uma personagem que tem feito parte da rotina do nosso Campus nos últimos meses, “Dorita”.
Dorita é uma cadela abandonada aqui e informalmente assumida por parte dos colegas, especialmente pela Guarda Aline que zelosamente acalenta e da comida para nossa “quase mascote”, inclusive nos finais de semana.
Devo admitir que fui conquistado pela bichana, ela é alegre, não incomoda (salvo quando estou com um lanche na mão) e tem a propriedade de tornar nosso espaço de trabalho e estudo mais acolhedor, mais perto do que seria um lar. Até nosso diretor já vi brincando gentilmente com Dorita.
Claro, existem os que enxergam nela uma anomalia, algo fora de lugar. Vez ou outra alguém chuta ela - e se começar a encher de cachorros aqui? Indagam. É certo que não podemos adotar a todos, na prática o que observei é que os alunos acabam adotando cães abandonados no Campus, desde que algumas providências simples sejam tomadas.
Mas Dorita está ai só precisamos de colegas com boa vontade para revezar e dar um lanche pra ela, e ver se as vacinas estão em dia (acredito que isso a Aline já faz). Já ouvi colegas falando em arrumar uma casinha para Dorita, mas parece que ela se vira bem sozinha, já achou inclusive um local aconchegante no novo bloco, sob um tapete.
Então fizemos uma brincadeira fotografando Dorita se espreguiçando e passeando pelo Campus para quem sabe oficializar nossa mascote e incentivar o cuidado que ela merece.

Alan Panizzi

sexta-feira, 16 de abril de 2010

BELO


Que belo difícil de ser bebido
Que beleza particularizada
A totalidade
A parte
Mas quando a parte é tão parte
Que não me vejo inteiro
Desprendida do maior
Daquilo que nos diferencia dos D+ seres
Temos ilhazinhas para cada um
Olhar para dentro da nossa alma
E ao mesmo tempo olharmo- nos no espelho
Existirá arte mais arteira
Beleza mais bela
Batalhas mais desafiadoras
Sussurros e gemidos mais sentidos
Orgasmos mais gozados
Tremores mais tremidos
São tsunami em nossas vida
Que valem ser vividos


Leusa Fátima Lucatelli Possamai

A história das coisas 1


Está disponivel o vídeo a história das coisas, didático e agradável para compreender como se dá o processo de produção na sociedade capitalista. Vale a pena assistir.
Abraços - Leusa Possamai.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

ACRÓSTICO A PARTIR DA PALAVRA TECNOLOGIA




Transformação da realidade
rEsposta às necessidades
Convívio entre o velho e o
Novo
nOvos horizontes, diferentes olhares
Liberdade com responsabilidade
Originalidade
Garantia de sustentabilidade
Intencionalidade
Ação/reflexão/nova ação

Elsa Rambo

Para que serve o conhecimento?



Vivemos, na era do conhecimento. Para alguns, haverá (ou já há) uma espécie de simbiose entre o saber e o capital. Mas todos parecem concordar que nunca houve tanta informação disponível a um ser humano . E mais: a coisa parece que só aumenta. Novas informações aparecem a cada segundo. Técnicas, conceitos, idéias, descobertas, correlações estatísticas... O que fazer com tudo isso? Tecnologia? Riqueza? Mais conhecimento? Bem estar social
A escola deve ampliar a bagagem de conhecimentos que os alunos já trazem. Sabemos que aqui na educação profissional devemos desenvolver competências, habilidades, atitudes visando a compreensão do mundo do trabalho. Acreditamos que competência tem a ver com a capacidade de resolver problemas reais, situações tais como elas aparecem na vida. Nem sempre damos conta de superar a educação tradicional, embora saibamos que a memória se livra do que não tem serventia por meio do esquecimento. E o que é que tem serventia? Duas coisas apenas. Primeiro, coisas que são úteis, conhecimentos-ferramentas, conhecimentos que nos ajudam a entender e a fazer as coisas. (Note, por favor, que a utilidade é variável. Para os esquimós, é conhecimento instrumental a arte de fazer iglus. Mas esse conhecimento é inútil para quem vive no deserto. Para eles, o instrumental é fazer tendas. Conhecimentos que são úteis para as crianças das praias de Alagoas são totalmente inúteis para as crianças que vivem nas montanhas de Minas. Daí o absurdo dos programas que ensinam as mesmas ferramentas, como os nossos!). A outra coisa que tem serventia são os prazeres. Prazeres não são ferramentas. Não tem uma função prática. Mas dão alegria. Dão sentido à vida. O corpo não se esquece dos prazeres. Educar, assim, tem a ver com as duas caixas que o corpo carrega: a caixa das ferramentas e a caixa dos brinquedos. Na caixa de ferramentas, estão os conhecimentos que são meios para viver. Na caixa de brinquedos, os conhecimentos que nos dão razões para viver.
Seria de se esperar, com isto, que com o desenvolvimento de novas tecnologias teríamos um modo de vida mais agradável e confortável para o homem. E, de fato, isto muitas vezes ocorre. Mas nem sempre é assim. Não é à toa, afinal, que grandes avanços científicos tenham ocorrido em períodos de guerra. A ciência serve a interesses, sejam eles quais forem. O próprio aquecimento global, hoje tão falado e temido, também nos indica que uma relação a princípio benéfica pode tornar-se bastante prejudicial.
Que escolhas podemos fazer a partir do que sabemos? Quais escolhas consideramos mais corretas? O que queremos, no fundo, é o bem estar, social e individual. Como podemos usar a tecnologia para este fim?
Diante deste cenário, perguntemo-nos sobre nosso fazer docente: temos dado conta de desenvolver em nossos alunos o espírito científico, a autonomia intelectual, a capacidade de análise e síntese?
Acredito que em cada curso do Campus (Eletromecânica, Mecânica e Eletroeletrônica) em seu Projeto Integrador e na Unidade Curricular de Ciência, Tecnologia e Sociedade se possa avançar neste sentido. Na semana de integração, podemos organizar atividades como a Gincana do conhecimento, onde na prática os alunos podem ser incentivados a produzir diferentes materiais (protótipo, texto, imagem, áudio, vídeo, animação, etc..) com a finalidade de explicar tecnologias e problematizar seu uso.
Vamos socializar o que já vem sendo feito?
Elsa Rambo

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ser mulher e técnica no IFSC Chapecó




Sexta feira dia 26/03 às 14hs o servidor Alandeivid Panizzi estará apresentando sua monografia para conclusão do Curso de Pós Graduação Lato Sensu Educação Profissional e Tecnológica de Jovens e Adultos PROEJA.
Ela é intitulada “Relações de Gênero na Educação Profissional e Tecnológica do IF-SC Campus Chapecó:Um Estudo de Caso” e foi orientada pelo professor Adriano Larentes da Silva.
Embora aborde os conceitos de gênero em seu sentido maior, como uma construção de um modo de existir calcada nas esferas social, cultural, emocional, nesse trabalho o foco foram as mulheres que estudam no Campus. Como é ser mulher e técnica? Como é ser mulher na educação técnica?
Para tanto são coletadas e analisadas informações estatísticas sobre evasão e desenvolvimento escolar das estudantes (mulheres) de todos os cursos, comparando-se com as mesmas informações obtidas referente aos homens. Considerou-se brevemente o histórico da educação profissional no Brasil e no Campus. Parte gratificante do trabalho consiste na realização de entrevistas com amostra de alunas do Campus e com mulheres que abandonaram seus cursos, a entrevista focou sobre o que levou algumas mulheres a evadirem, e o que mantém outras no nosso campus.
Através do resgate estatístico compreendemos que os processos que produzem exclusão, também, das mulheres dizem respeito drasticamente ao seu não ingresso no IFSC Chapecó (elas constituem menos de 7% do total de alunos); a sua não permanência; e as dificuldades de acompanhar o desenvolvimentos escolar esperado. Em todos os três pontos a condição das mulheres se mostra mais grave que a observada entre os homens.
O conjunto dos resultados mostra particularidades de se vivenciar o “ser mulher” nos cursos do IFSC Chapecó, suas alegrias e também modos mais e menos sutis de se vivenciar a exclusão com mulheres e também outros grupos minoritários. Também mostra que, apesar de o atual paradigma de ciência e educação profissional por vezes seja apresentado como e “assexuado”, ele acaba reproduzindo um ponto de vista fundamentalmente masculino, com muitas repercussões nos estudantes de ambos os sexos.
Apresentamos algumas falas (os nomes das educandas foram alterados) que mostram com honestidade e simplicidade, hora a gratidão e o reconhecimento da função social da nossa escola, hora sentimentos contraditórios com propostas inclusivas de educação.

"Me sinto bem, orgulhosa, eu saí da roça sabe, pude estudar de graça aqui, eu não teria como pagar mesmo. E a Mecânica não é só braçal, não é só pra homens, tem a parte de projetos, programação, manutenção, organização, e gestão de qualidade."
Ângela

"(Nosso campus) É meio masculinizado, acho que a convivência com tantos homens, tão próximo, parece que pegamos o jeito deles."
Carla


As alternativas para trazermos, e manter-nos, mais as mulheres no IFSC Chapecó passam sempre por cultivar uma cultura de solidariedade radical. Jorge Bichuetti (2000) lembra que podemos pensar numa utopia a ser buscada através experimentos desterritorializantes, para se libertar a potência inventiva, o poder criativo, do novo, do insólido. Trata-se de desmontar modos de funcionar da repetição, do fechamento, da despotencialização, agenciando a produção de novas relações, de uma vida nova, modos de pensamento que fortaleçam a vida e a diversidade, o crescimento e a diferenciação.

Alandeivid E. Panizzi

terça-feira, 16 de março de 2010

BORBOLETAS:


Vida

Que vida

Bela vida

Rastejar aqui ali

Enclausurar-se

Esperar

Sofrer

Reviver

Morrer e nascer

Sim

Nascer e morrer

Viver estranho

Com(viver) o diferente

Romper

Libertar

Liberdade

Voar voar

Flutuar

Amar

sonhar

autora: Leusa Fátima Lucatelli Possamai